quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O QUE ACONTECE NA PRÁTICA E TEORIA?

CONHECENDO UM POUCO DO PROJETO ESCOLA ATIVA

Apresentação
O Ministério da Educação, por meio da Coordenação Geral de Educação do Campo/SECAD, apresenta Projeto Político pedagógico do Programa Escola Ativa.
A que se propõe?
           Estabelecer as bases e os fundamentos deste Programa para orientar a sua implantação em novas escolas assim como possibilitar seu aperfeiçoamento em escolas com classes multisseriadas que já desenvolvem o Programa, preparando os educandos e gestores para atuar na realidade da Educação do Campo.  
         Este Projeto tem a finalidade também fornecer aos Educandos uma visão mais aprofundada da historicidade das comunidades escolares do meio rural e sua participação dentro do processo de inculturação e construção dos saberes históricos e organizacionais desta gente.
E o Público Alvo?  
O projeto Escola Ativa é uma tática metodológica estabelecida com o propósito de acabar com a reprovação e a desistência dos alunos das escolas rurais das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Este foi instituído para classes multisseriadas, onde alunos de diferentes idades e séries atuam ao mesmo tempo e compartilhando de s@beres de forma conjunta – às vezes sem haver a preocupação de organizar e sistematizar de forma a atender as expectativas de seus partícipes.
Como ele é Trabalhado? E de onde vem?
Com o propósito de efetivar uma Educação concreta e ativa no meio rural, o projeto utiliza-se de variados meios, que vai da autoaprendizagem e o trabalho em equipes, até o ensino através de módulos e livros didáticos especiais.
Tal Projeto que teve sua implantação em 2007 chegou a atender mais de dez mil escolas das Regiões aqui citadas. Para tanto exigiu uma pesquisa feita por uma equipe de pesquisadores da UFPA – Universidade Federal do Pará, com o apoio da Coordenação Geral de Educação do Campo SECAD – que teve o objetivo de identificar as práticas e ressignificações constituídas na atuação de educadores e técnicos junto ao Programa. Tal equipe trabalhou com bastante tenacidade para elaborar o Caderno de Orientações Pedagógicas do Educador e os Materiais Didáticos para as atividades desenvolvidas em sala de aula.    
Trocando em Miudos...
As classes multisseriadas são para todos nós um desafio histórico. Segundo relatos de experiências de colegas que lidam diariamente com salas de tal forma “organizada” – se é que dá para assim chamar -, estes não conseguem atender de forma ativa aos seus educandos. Todos são unânimes quando afirmam que não conseguem alcançar seus objetivos. A metodologia do “quadro dividido ao meio” para diferenciar os conteúdos, divide também o que chamamos de ensino transdiciplinar.
A Escola Ativa vem tentando apresentar-se como saída – ou uma delas -, para tal dificuldade que enfrentamos. No entanto sua efetiva aplicação ainda está longe de acontecer devido aos seguintes pontos:
O mobiliário: Utilizado na sala é fundamental para as atividades propostas pelo Projeto e este só existe em algumas das salas da maioria dos municípios.
Os Cadernos de Aprendizagens: Apresentam conteúdos bastante reduzidos -, requerem do Educador um desdobramento e principalmente a ajuda de pesquisa extraclasse por parte deste, para dá-lhes uma ressignificação e contextualização, já que seus conteúdos - quase – se resume a “tópicos”.  
O que acaba acontecendo na Prática? Professores – e não mais Educadores -, não se preocupam em reelaborar os pontos ou temas dos Cadernos de Aprendizagens e, por na maioria das vezes não terem uma sala como pede a Estrutura do Projeto, talvez, acabam se acomodando e apenas ler o material com os alunos – quando conseguem.
Os alunos que ainda não dominam o código – que não sabe pelo menos decodificar -, ficam à margem dos conhecimentos. Ainda não vi nenhum colega da Escola Ativa dizer que seus alunos conseguem gerenciar seus próprios conhecimentos ou que ajudam os que ainda não o fazem.
Finalmente Na teoria os alunos devem assim agir. Na prática o professor não consegue – e espero que um dia consiga -, ser apenas um articulador do processo e seus alunos autores deste.
Que Deus nos Ajude!
(Emanuel Luna – Suporte de Pesquisa:
Apresentação do Projeto Base da Escola Ativa – Ano: 2008; Site Wikipedia)

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